COMUNHÃO

A liturgia eucarística termina na participação comum no banquete pascal em que Cristo, imolado e ressuscitado, nos convida a alimentar-nos com o seu Corpo e com o seu Sangue derramado na Cruz. Mas para nos podermos alimentar na mesa eucarística é indispensável estar em harmonia com a vontade do Pai e em verdadeira paz com os irmãos. Para isto tende a recitação comunitária do Pai Nosso, para a qual o presidente convida agora o fiéis.

Fieis à ordem do Salvador e instruídos por seu divino ensinamento ousamos dizer.

Todos cantam ou recitam juntos a oração seguinte.

Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade,  assim na terra como no céu;  o pão nosso de cada dia nos daí hoje,  perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação. Mas livrai-nos do mal.

Não se diz Amém ainda. O que preside continua.

℣. Livrai-nos, Senhor, de todos os males, passados, presentes e futuros: e, pela intercessão da santa e gloriosa sempre Virgem Maria, mãe de Deus, dos bem-aventurados Pedro e Paulo e André, e de todos os santos, dignai-vos conceder-nos a paz em nossos dias, de modo que, auxiliados pela ação da vossa misericórdia, estejamos sempre livres do pecado e preservados de toda a perturbação, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda de Jesus Cristo salvador.

℞. Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!

Ao fim dessa oração, a assembleia poderá concluir a oração dominical com o Amém. O que preside acrescenta.

℣. Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé de vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade. Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo agora e por toda a eternidade.

℞. Amém.

O presidente estende e junta as mãos dizendo.

℣. A paz do Senhor esteja sempre convosco.
℞. E com teu espírito.

De seguida, de acordo com a oportunidade, o que preside, ou um diácono, acrescenta.

Irmãos e irmãs, saudai-vos em Cristo Jesus.

E todos, de acordo com os costumes do lugar, saúdam-se em sinal de paz, comunhão e caridade; o presidente saúda o diácono ou o ministro. 

Segue-se o Cordeiro de Deus. Se é cantado ou recitado pelo coro ou pela assembleia o presidente não o diz em particular; pode, todavia, cantá-lo ou recitá-lo com o coro ou com a assembleia, de mãos unidas e batendo três vezes ao peito. 

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo: tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo: tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo: dai-nos a paz.

Enquanto durar a fração do pão, estas invocações podem repetir-se, desde que a última termine com dai-nos a paz. Enquanto canta-se ou recita-se o Cordeiro de Deus, o presidente toma a hóstia, parte-a sobre a patena, e lança uma partícula no cálice dizendo em voz submissa.

Esta união do Corpo e do Sangue de Jesus, o Cristo e Senhor nosso, que ousamos receber em nossa indignidade, não seja para nós causa de juízo e condenação; mas por vossa piedade sirva de defesa às nossas almas e aos nossos corpos, de remédios aos nossos males, e como viés para a vida eterna.

Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, que cumprindo a vontade do Pai e agindo com o Espírito Santo, pela vossa morte destes vida ao mundo, livrai-me dos meus pecados e de todo mal; pelo vosso Corpo e pelo vosso Sangue, dai-me cumprir sempre a vossa vontade e jamais separar-me de vós.

O sacerdote genuflecta, toma a hóstia, levanta-a um pouco sobre a patena e, voltado para a assembleia, diz em voz audível.

℣. Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.

℞. Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa, mas dizei uma palavra e minha alma será salva.

Aqui pode-se cantar algum hino ou cântico apropriado. O presidente comunga reverentemente sob as duas espécies sacramentais, dizendo em voz submissa.

Que o Corpo de Cristo me guarde para a vida eterna.
Que o Sangue de Cristo me guarde para a vida eterna.

Depois, toma a patena ou a píxide e aproxima-se das pessoas da assembleia que comungam e diz para cada uma.

O Corpo de Cristo.

Ao que estas respondem.

Amém.

Acabada a distribuição da Comunhão, o presidente purifica a patena ou o cibório sobre o cálice enquanto diz em voz submissa.

Fazei, Senhor, que conservemos num coração puro o que a nossa boca recebeu. E que esta dádiva temporal e transforme para nós em remédio eterno.

Segue-se com a purificação com vinho e água, ou água somente, entretanto ao tomar do conteúdo diz igualmente em voz submissa. 

Que o vosso Corpo, Senhor, que recebi, e o vosso Sangue que bebi, se una à minha alma. E fazei que não fique mancha alguma de pecado em mim que fui nutrido por puros e santos sacramentos.

Se for oportuno, guarda-se algum tempo de silêncio sagrado, ou canta-se um hino eucarístico.